segunda-feira, 27 de maio de 2013

Professores da URCA denunciam assédio moral e perseguição



Repercute no meio educacional as denúncias de que servidores da Universidade Regional do Cariri (URCA) estariam sofrendo assédio moral e perseguição. 

 A informação foi divulgada durante seminário realizado na própria instituição na última semana, e contou com a presença da professora de Direito Constitucional, Salete Maria, o assessor Jurídico da Urca, Emicles Barreto e o advogado Raimundo Soares Filho. 

 “Me envergonhava de ir a uma psicóloga e voltar a um lugar onde cada vez que mais me qualifico e menos me respeitam”, confessa Salete Maria. 

 Segundo ela, foram cinco anos de tratamentos médicos psicológicos para que identificasse e assumisse que o problema se encontrava nas opressões vividas dentro da URCA. No dia, ela apresentou pedido de exoneração. 

 São comuns os casos de perseguição dentro da Universidade Regional do Cariri. Seis casos de mulheres doutoras ou doutorandas consultaram o advogado Raimundo Soares Filho, sendo que três ações foram ajuizadas e inclusive em uma delas a URCA foi condenada a indenizar uma servidora em mais de R$ 300 mil reais. 

 Atualmente tramita na Justiça três casos movidos por mulheres, e afirma que sao casos de assédio moral visando “desestruturar a pessoa humana e desestruturar o profissional”. Soares ainda afirmou que o Direito não pode ser usado para legitimar essas práticas hediondas. O assédio moral deve ser criminalizado. 

 “Nesse sistema de dominação muitas vezes hierárquico e machista, são os gestos, as palavras e os atos em microações cotidianas que sufocam de pouco em pouco o assediado e precarizam o trabalho do profissional. O assediador é teu colega, ele te conhece! E mesmo quando as ações são explícitas, as outras pessoas culpam você pelo caso”, desabafa Salete. 

 Segundo o assessor Jurídico da Universidade Jorge Emicles, o problema de assédio moral não é um problema só da URCA, mas do Estado como governo. Diante de várias críticas com documentos e pedidos de esclarecimento durante o debate. Ele citou o caso da professora Cristina Dunaeva: que teve o pedido de redução de carga horária para finalizar o doutorado negado, foi acusada de falsidade ideológica e notificada, enquanto estava de licença, que seria demitida sem saber por quê. 

 A instituição não apresentou os devidos esclarecimentos, documentos e provas das acusações. “Tomamos a providência inscrita na lei diante dos casos", afirma o assessor da Urca. Mas confirma que se os pedidos de revisão forem feitos, ele mesmo será o responsável pela releitura. 




 *Com sites Miséria e Blog Alteneira.

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